De passagem por Teresina fazendo alguns shows particulares e apresentações em ônibus e praças públicas, a dupla já foi vista em praticamente todo o país.
A estudante de 21 anos, Raquel da Costa, de Timon no Maranhão, disse que se divertiu muito durante a apresentação da dupla, gostou do show e fez questão de colaborar com o trabalho dos humoristas. “Eu gostei, eles são muito engraçados e o show contagia as pessoas. Eu quis ajudar porque é o trabalho deles e acredito que com o pouco para eles ajuda muito”, contou.
A moradora do bairro Renascença Nayara Cavalcante, de 29 anos, que também assistiu ao trabalho de Cibalena e de Iraildo, contou que a apresentação aumenta a estima das pessoas que muitas vezes passam por problemas pessoais e no trabalho.
“É muito bacana. Eles interagem com o público e animam de uma forma tão natural que é de se impressionar. Admiro o trabalho deles. Nós já voltamos cansados com os afazeres no trabalho e isso acaba distraindo”, disse.
Quem ouve os nomes Cibalena e Iraildo, e ri das palhaçadas da dupla de humoristas cearense, não imagina as dificuldades que os dois irmãos já passaram. Eles contaram ao G1 que já chegaram a trabalhar em lixões e catando latinhas. A dificuldade era tamanha que chegaram ao ponto de comerem coisas que encontravam nos entulhos.
Nascidos em uma família humilde, eles sempre viveram do humor, tendo como palco principal os ônibus. Cibalena com três filhos e Iraildo dois, eles sustentam as crianças e a esposa apenas com o dinheiro que arrecadam nas apresentações e em shows quando contratados para eventos particulares. Para Cibalena, o teatro dele é a condução.
“As pessoas costumam perguntar por que a gente não vai fazer shows nos teatros. E respondo que o meu palco é o ônibus. Nossa satisfação é levar a alegria para as pessoas que estão dentro dos ônibus que muitas vezes estão estressadas, cansadas, cheias de problemas. Isso é o que nos deixa mais feliz”, disse.
Em Fortaleza, as participações em programas de TV só apareceram depois do sucesso na internet. Vídeos compartilhados em todas as redes sociais espalhavam o trabalho da dupla pelo mundo. Para os irmãos, a mídia é espontânea.
“Temos vídeos com milhões de compartilhamentos e visualizações sem ter nenhum canal no YouTube, nem página própria no Facebook. Quem faz a divulgação são os próprios passageiros que gravam e divulgam nas redes”, disse.
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